Aos que nos apoiaram através da CATARSE

Em março de 2011, o projeto de longa DISPAROS (aka A QUENTE A FRIO) entrou na era do financiamento participativo, mais conhecido como crowdfunding.

Se não era essa nossa expectativa, ao menos nossa meta era alcançar R$45.000, destinados a cobrir os custos de computação gráfica do filme, atualmente em etapa de pos-produção. Digo meta, já que estipular um valor mínimo fazia (e faz) parte da regra do jogo, como condição para liberar os recursos arrecadados.

Quanto à nossa expectativa, porém, e pra fixar o máximo, ela ia muito além. Já pensávamos em poder custear a mixagem (mais R$25.000) e quem sabe a tiragem de uma cópia 35mm do filme (mais R$90.000)… E por ai vai, estimulados pela atenção que a plataforma despertava na mídia, e na genuína simpatia e generosidade que ela se mostrou capaz de despertar nas pessoas, transformadas, do dia pra noite, em parceiros potenciais. Mais de uma vez, fui atingida por surpresa emocionada ao ver alguém sem nenhum vinculo com o projeto, doar 500 reais, ou mil.

Bom, como já diziam os insensatos, pretensão e água benta, cada um… A esse bordão, eu acrescentaria o otimismo e a perseverança. E a generosidade.

Fato é que, ao encararmos a aventura do crowdfunding num momento em que a plataforma despontava apenas como ferramenta de viabilização de projetos, sabíamos também (com aquela atrofiada parte sensata da cérebro, que resistiu ao desejo insensato de fazer filmes) que a aposta era alta … Ainda por cima, se pensarmos em valores relacionados ao mundo do cinema, onde nada custa pouco.

A maioria quase absoluta dos projetos bem sucedidos nas plataformas de crowdfunding tratam de orçamentos de viabilização mais modestos (livros, websites, projetos teatrais), e não ultrapassa R$10.000.

Em que pesem o ineditismo e os riscos, topamos a parada, acreditando não somente que recursos poderiam ser gerados, mas também uma energia de divulgação ser criada em torno do filme.

Hoje, após 3 meses de campanha crowdfunding, nosso balanço permite anunciar, com entusiasmo, que os recursos levantados cobrem uma parte (pequena, porém fundamental) da montagem imagem, o que nos permitiu adentrar a etapa da composição de trilha sonora e começar a vislumbrar o trabalho de montagem de som.

Por conta disso tudo, decidimos manter, de maneira independente, a campanha de crowdfunding, recebendo os recursos diretamente em conta no Banco do Brasil, registrada na Ancine em nome do projeto (cujos valores devem passar pela prestação de contas oficial do filme). Convidamos todos os parceiros que fizeram suas doações através do site Catarse a redirecionarem seus apoios e anunciamos uma primeira recompensa suplementar: uma sessão teste do atual corte do filme (não definitivo) é prevista para começo de julho e gostaríamos de convidá-los para participar, com suas respectivas sensibilidades e observações, à conclusão da montagem imagem do filme. Em tempo: todas as recompensas previamente anunciadas serão mantidas aos que mantiverem sua adesão ao projeto

Visite a página crowdfunding do site de DISPAROS e veja como fazer.

Esperando poder contar com a manutenção e fortalecimento dessa parceria, deixo um grande abraço.

Juliana Reis, roteirista e diretora de DISPAROS

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