Juliana Reis e Ricardo Azoury

Originalmente jornalista, fui para França em 1989, onde acabei vivendo por 17 anos. Sem ter me tornado propriamente cartesiana, tornei-me mãe, cidadã francesa e professora, obtive mestrado em cinema e alta (mente duvidosa!) do psicanalista, dirigi 5 curtas, dos quais fui também roteirista, além de vídeos institucionais para a UNESCO e SOS Racisme. Recebi prêmio pela adaptação de Cronopios y Famas, de Julio Cortazar, e subvenções do CNC, Kodak e de Conselhos Regionais da França.

No Brasil, desde 2005, escrevo projetos de ficção para João Jardim (A vida de Julia) e Murilo Salles (O fim e os meios, selecionado pelos editais Petrobras 2007 e OI Futuro 2008; Prêmio de melhor roteiro do Festival do Rio 2014). Me divido entre o desenvolvimento de roteiros para outros diretores – como Henrique Saladini, Themba Sibeko (SulAfrica) e Kim Chapiron (França) -, e meus projetos pessoais.

Membro do Colégio de Leitores do CNC desde 2001 e da Autores de Cinema desde 2006. Professora da Escola de Cinema Darcy Ribeiro e da Faculdade de artes do Paraná; coordenadora da Oficina Escrevendo & Filmes, em parceria com Tempo Glauber.

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DISPAROS, meu primeiro longa-metragem como diretora, estreou no Brasil em 2012 e participou da seleção oficial do Festival do Rio, batendo o recorde de prêmios naquele ano (melhor Fotografia, Montagem e ator coadjuvante pelo genial antagonista composto por Caco Ciocler).

Atualmente, estou envolvida com o desenvolvimento de projetos de séries de TV, coescrevendo com o francês Michel Fessler, os americanos Jeremy Pikser e Walter Bernstein (Hi & Lo Investigations), ou em solo  (EXEMPLUM – o julgamento do Dr. Antônio), este último da safra 2016 do Núcleo Criativo da Urca Filmes.

No cinema, me divido entre os projetos:

DESTINADAS #ontheroad, minha “menina dos olhos”. Um filme de estrada e de jornada, uma investigação sobre as mulheres que, em pleno século XIX, participaram da Guerra da Tríplice Aliança (aka Guerra do Paraguai), assim como uma busca da mulher que a jovem youtuber ELISA quer, em pleno terceiro milênio, se tornar.

PRINCESINHAs/NOTREs DAMEs de COPACABANA/OURs LADYs of COPA, projeto de filme erótico, tratando do dois fantasmas que assombram Bianca – um deles, bem de cinema, de carne  e osso. Coprodução com a França, em fase de desenvolvimento.

E integro, como diretora convidada, a equipe do projeto ANITA and MARGARETH, uma cinebiografia épica de Anita Garibaldi, e seu encontro imaginário com a proto feminista americana Margareth Fuller, coprodução US-Brasil-Itália, com previsão de filmagens na Sardenha…

Nesse ponto (meados de 2018) um corte epistemológico se opera na minha vida e na vida de 200 milhões de brasileiros… a entrada em cena e a ascensão ao poder do submundo da escoria do processo civilizatório…

E o que eram as obsessões temáticas dos meus filmes se transformam em ação de resistência e desobediência civil: Fundei a ONG operação MILHAS PELA VIDA DAS MULHERES e me reinventei terceiro setor com o conceito quem pode ajuda quem precisa; quem quer mudar a lei ajuda quem não pode esperar por essa mudança.

Fora isso, traduzi La Dramaturgie, de Yves Lavandier, para o português, corro quando aguento e quando não aguento recomponho em mosaicos os cacos da louça que, quase sempre sem querer, quebrei.

Curtas & Outras paradas

No papel

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