Meu primeiro curta-metragem, filmado em 35mm, durante e parte do programa do meu mestrado em cinema, na Université Paris VIII.
Ao todo, nove dias de filmagem (8 noturnas, 1 magic hour e 1 diária em estúdio) e uma equipe envolvendo mais de 50 pessoas. O filme foi montado com programa lightworks (na época, uma sensação!), custo total de 395.000 Francos.
O roteiro, escrito por mim como exercício de faculdade, pautado no tema da região de La PLaine St Denis, se interessou pelas histórias do Chemin de Fer Industriel de la Plaine (destruído nos anos 90, para dar lugar ao Stade de France). Com uma duração de 20 minutos e uma estrutura narrativa bastante clássica, ele ganhou prêmios do CNC, da Região de St Denis e foi licenciado pelo canal de TV France 3.
Sinopse
Anos 50, num subúrbio parisiense do pós-guerra. Uma gangue de meninos, filhos de imigrantes empregados na Estrada de Ferro, vai tentar roubar o carregamento de carvão dos trens, mas acabam se confrontando com seus imaginários, povoado das ameaças dos pais.
Mão de Carvão, lendário ladrão e ídolo de garotos que, com a mesma idade que eles perdeu sua mão tentando subir no trem em movimento, tornou-se, com o tempo um Ogro, devorador de covardes. Ele faz parte do plano, no papel de comprador do carvão roubado, numa espécie de ritual de passagem para o mundo dos grandes – o mesmo há gerações. Mas a descoberta de uma mão, conservada no formol dentro de um pote de geleia, vai modificar seus planos. “É a mão que falta ao Mão de Carvão!”
O verdadeiro desafio agora é o de entregar a mão ao seu dono. Mesmo se é uma mão esquerda… e essa, ele já tem uma.
E todos os outros Mãos de Carvão que a gente nem sabe que existem? E eu que achei que um herói fosse alguém que a gente podia tocar, com quem a gente podia crescer, e se tornar como ele. Oh merda !
Ficha técnica
Argumento, Roteiro e direção: Juliana Reis
Assist. direção: Gérard Maximim
Assistido por Frédérique Lagarde, Hervé Gamondes
CoProdução: Riff International e By Myself Productions
Produtor:Vincent Lamy e Juliana Reis
Imagem: Jeanne Lapoirie
Assistida por Alex Kaufman, Laurent Dhanaut
Arte e Cenografia: Leornardo Haertling e Isabelle Nard
Assistidos por Franck Rouches, Sebastien Barral, François Filippi
Scripte: Sophie Seligman
Som: Fabrice Gorgeon
Musica: Mariana Camargo
Casting: Anne Treister
Figurino: Mariz Noel
Machinaria: Alex Le Carpentier
Eletricidade: Nicolas Dixmier, Alex Gotowsky, Pierre Bonnet
Efeitos Especiais: Jean-François Cousson, Jean-Pierre Maricourt, Jean-Claude Dauphinot, Phillipe Margottin
Diretor de Produção: Sébastien Peronne
Assistido de Thomas Tretou, Vincent Robert, Rachid Labihat, Thomas Sygiel, Rachid Derbouche, Faouzi Echebbi, Jean-Charles Atzeni, Jean-Christoph de B.
Montador: Caroline Chatriot, Pascal Cuissot
Harry: P’tit Lo
Still: Ludovic Cantais
Mixagem: Bertrand Boudot, Dominique Shmitt, Jean-Marc Lentretien,
Casting: Cedric Welsh, Guinael Barthelemy, Thomas Salsmann, Karim Derbouche, Erwan Fouquet, Vernon Dobtcheff, Vincent Lamy, Anne-France Mayon, Sylvain Gillet, Guy Trier, Monique Durant
Parceiros: Centimage (créditos e trucagens), GLPipa (Lightworks e Harry), Dubois (kinescopagem), Chemin de Fer Industriel de La Plaine-St Denis, Université Paris VIII, Baobab (estudios), RVZ (luz), Alga, Kodak, Eclair (lab)