O CASO DAS 10.000 MULHERES, fato real ocorrido em 2007, expôs ao julgamento acalorado do povo e à letra fria da lei, a identidade de pacientes que utilizaram os serviços de uma clínica médica privada, especializada na saúde da mulher, na capital do Mato Grosso do Sul. Fosse para abortar, colocar DIU ou fazer ultrassonografia, as mulheres, cujas fichas médicas foram apreendidas pela Policia, foram investigadas numa operação sensacionalista e televisionada em horário nobre, e muitas delas julgadas e condenadas por crime previsto no artigo 124 do Código Penal Brasileiro: “Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque.  Pena: de 1 a 3 anos de prisão.”
O presente projeto acrescenta mais uma a essa longa lista e se dedica à controversa personagem da médica-anestesista NEIDE MOTA MACHADO, responsável da Clínica de Planejamento Familiar. Durante os três anos em que Campo Grande se transformou em palco de uma inquisição medieval para milhares de mulheres e arena onde se digladiaram militantes dos movimentos feministas e ‘pró-vida’, Dra. Neide perdeu clientela, clínica, registro médico e foi exposta na mídia como mercenária e assassina.

Personagens principais:

Dra. NEIDE MOTA MACHADO
e sua equipe na Clinica de Planejamento Familiar:
ROSANE, recepcionista e acompanhadora da mãe doente de Neide
SILVIA, psicóloga
CONCEIçãO, enfermeira
AMéLIA, enfermeira
JONAS, sobrinho de Neide e administrador

ZILDA COSTA, ex-administradora da Clínica, em seguida chefe da governadoria do estado MS

SARA BALBI, estagiária promovida a repórter na TV Morena

MONICA WAIMBERG, observadora estrangeira Women’s Rights Watch

LUIS PASSOS, Juiz da 3ª Vara Criminal de MS

JEFFERSON SALGADO, Promotor de Justiça do MP

DIRCE RIBEIRO, Delegada chefe da 1ª DP de Campo Grande

ERASMO REGO, advogado medalhão, defende Silvia e Zilda Costa

MARIZA, líder feminista local, funcionária da Secretaria de Saúde

PEDRO, Assistente do Promotor

ATON FON, defensor público, representa pacientes e enfermeiras da Clínica.